domingo, 23 de dezembro de 2012

"Preservando a Cultura Cristã'


"Mantendo O Mundo Mais Cristão”



Recebi um vídeo pela “web” e fiquei bastante preocupado pela possibilidade do mundo tornar-se menos cristão. Não pela adversidade às outras religiões, até porque em sua maioria pregam, em seu teor mais intrínseco, a bondade, a justiça e o amor, mas pela possibilidade de as nações serem habitadas por mais muçulmanos e digo: nenhuma aversão aos mesmos, mas por me inserir na comunidade cristã e dela procurar seguir seus preceitos e ter mais fé na sua história.
Minha preocupação se iguala à possibilidade de sermos sufocados pela cultura muçulmana que se alastra gradativamente nos países europeus, na América do Norte e, logicamente, tornam-se mais pujantes e extremistas nos países de origem.
As igrejas presbiterianas, católicas e cristãs de forma geral já esboçam esta preocupação onde se pode constatar mais mesquitas que igrejas em muitas regiões antes totalmente católicas, cristãs e judias.
Vejamos: Para que uma cultura seja mantida por mais de 25 anos, a taxa de natalidade deve ser de 2,11 crianças por família. Para uma taxa de 1,9 crianças por família, nenhuma cultura conseguiu sobreviver e, em se atingindo a taxa de 1,3 crianças por família, a cultura é fadada à extinção, sendo impossível de reverter tal quadro, por que são necessários 80 a 100 anos para reverter este problema e não há modelo econômico que sustente uma cultura por este tempo.
Ou seja, em termos mais diretos: “Se dois casais tiverem tão somente um filho, e estes tiverem somente um filho, haverá um quarto (1/4) de netos do que há de avós.
Se nascerem um milhão de pessoas em 2013, seria muito difícil haver dois milhões de força de trabalho em 2033; ou seja, enquanto a população encolhe, fato similar e concomitante acontece com a cultura.
Comparemos as taxas de fertilidade registradas nos seguintes países em 2007:
França = 1,8 crianças por família;
Inglaterra = 1,6 crianças por família;
Grécia = 1,3 crianças por família;
Alemanha = 1,3 crianças por família;
Itália = 1,2 crianças por família;
Espanha = 1,1 crianças por família;

Na União Européia inteira composta por 31 países, a taxa média é de tão somente 1,38 crianças por família!!! Neste cenário e dentro de poucos anos, a Europa como hoje conhecemos de maioria cristã e de seus costumes que nos são mais próximos, deixará de existir!
Entretanto, a população da Europa não estará declinando. Sabe por quê? Por causa da IMIGRAÇÃO! Imigração muçulmana! De todo crescimento verificado na população européia desde 1990, noventa por cento deve-se à imigração islâmica.
Na França, a taxa de natalidade é de 1,8 crianças por família, mas nas famílias islâmicas ali residentes, esta taxa se inverte exponencialmente para 8,1 crianças por família! Isto é comprovado culturalmente e religiosamente no sul da França, região tradicionalmente repleta de igrejas, atualmente há mais mesquitas que igrejas.
Trinta por cento (30%) dos que tem menos de 20 anos são islâmicos! Em cidades mais importantes como Nice, Marselhe e Paris, este percentual sobe para 45%.
Em 2027, um em cada cinco franceses, será islâmico. Em apenas 39 anos, a católica república francesa será uma nação muçulmana!
Na Inglaterra, num espaço de 30 anos, a população muçulmana cresceu de 82 mil para 2,5 milhões, um crescimento de 30 vezes! E onde havia igrejas, hoje mais há mesquitas.
Na Holanda, 50% da população recém-nascida é muçulmana, traduzindo-se: em 15 anos, metade da população será islâmica.
Na Rússia, há mais de 23 milhões de muçulmanos e 40% do exército russo será muçulmano em poucos anos.
Na Bélgica, 25% da população e 50% dos recém-nascidos é muçulmano. O governo já concluiu que em 2025, 1/3 das crianças serão nascidas em famílias muçulmanas, ou seja, daqui a 12 anos.
O governo alemão já declarou: “A queda da população alemã não pode mais ser detida. Sua espiral descendente não é mais reversível. Este será um estado muçulmano em 2050”.
Nesta analogia, estaria hoje Hitler odiando a transformação do estado ariano em muçulmano como o fez em paradigma aos judeus?
No sítio “Beth Shalon”, há escritos que dizem que os israelenses são acusados de exagero ao equipararem o ódio de Arafat por Israel com o ódio que Hitler extravasou ao perseguir os judeus. Porém, aqueles que ainda se lembram do alarido da propaganda nazista, como os sobreviventes do Holocausto, constatam que a incitação islâmica contra os judeus realmente deixa transparecer o espírito de Hitler. O linguajar de Arafat denuncia que ele estava possuído pelo mesmo espírito que dominava Hitler e seus predecessores, pois todos eles queriam aniquilar os judeus:
  • Hitler atribuía a fonte de sua perseguição aos judeus à "providência" – Arafat diz que Alá o comissionou a "lançar os judeus ao mar".
  • Em seu livro "Mein Kampf" ("Minha Luta"), Hitler previu o aniquilamento total dos judeus – o Corão conclama à guerra santa contra todos os não-muçulmanos. O lema dos muçulmanos é: "No sábado matamos os judeus e no domingo matamos os cristãos".
  • Hitler afirmava que a Bíblia era um lôgro judeu – os muçulmanos dizem que a Bíblia é uma falsificação e que o Corão é mais antigo que a Bíblia.
  • Hitler, sendo solteiro, declarava que sua noiva era a Alemanha – Arafat afirmava que sua noiva era a Palestina.
  • Hitler almejava o domínio mundial – o islã tenta conseguir o domínio do mundo através do terrorismo e da guerra santa.
  • Hitler exaltava o povo alemão como raça de senhores – os muçulmanos declaram ser "filhos do Sol".
  • Hitler afirmava que os não-arianos eram pessoas de segunda classe – para os islâmicos, todos os não-muçulmanos ("dhimmis") são pessoas de segunda classe.
Deixando as afirmativas e pensamentos deste sítio retromencionado, voltemos ao cerne do assunto:
O coronel Muamar Al Kadafi declarou: “Há sinais de que Allah garantirá nossa vitória na Europa sem espadas, sem armas, sem conquistas; não precisaremos de terroristas ou bombas homicidas... Dos mais de 50 milhões de muçulmanos na Europa, o transformarão em continente islâmico em poucas décadas”.
Há 52 milhões de muçulmanos na Europa e este número dobrará para 104 milhões nos próximos 20 anos.
Em nosso continente a situação é semelhante: No Canadá a taxa de fertilidade é de somente 1,6 crianças por família, havendo necessidade de ser de 2,11 para permanência da cultura canadense.
Entre 2001 e 2006 a população do Canadá cresceu 1,6 milhão de habitantes. Porém destes; 1,2 milhão foi de imigração.
Nos Estados Unidos a taxa de natalidade é de somente 1,6 crianças por família. Com a imigração latina, seja de cubanos, bolivianos, mexicanos, portorriquenhos e toda esta multidão de famintos por melhores condições de vida; a taxa de natalidade foi incrementada para 2,11. Taxa mínima necessária para manter uma cultura, um modo de vida, uma forma de crença e um rito natural de vida.
Avultemos que em 1970 havia tão somente cem mil muçulmanos no Tio Sam, hoje são nove milhões de muçulmanos vivendo nos Estados Unidos!!!
Há poucos anos atrás houve um encontro de 24 organizações islâmicas em Chicago, onde foi projetado o plano de “evangelizar” a América, através de política, jornalismo, educação e organizarem-se para que daqui a 45 anos sejamos 50 milhões de muçulmanos vivendo na América.
Nossos netos não viverão num mundo em que hoje vivemos. A Igreja Católica recentemente declarou que o número de islâmicos ultrapassou o de cristãos neste mundo.
Sobre todo o retrodescrito pela Primeira Igreja Batista de São José dos Campos, temos que entender que ameaças à nossa cultura não se convergem no crescimento de muçulmanos, budistas e demais crenças, mas também no crescimento do número de ateus. O importante avultarmos é que devemos educar nossos filhos com os preceitos do respeito ao próximo seja ele pertencente a uma raça, a uma religião, a um modo de vida. O que vai contribuir para a harmonia da diversidade das culturas e religiões é o bom senso e o respeito comum entre nós humanos e este proceder é comum à maioria das religiões.
Que Jesus nos abençôe com harmonia em nossa sociedade, abrigo e pão para os mais necessitados e amor entre todos nós. Que tenhamos mais saúde e que mais tecnologia seja enviada por Deus aos laboratórios para a cura de tantos males que prejudicam tantas vidas.
Feliz Natal!
Luiz Lopes Filho, 23 de dezembro de 2012


Você sabe o significado desse símbolo postado no início do texto?
Ele é um dos símbolos mais usados pelos cristãos principalmente evangélicos. Há várias explicações à respeito da sua origem. Estou postando a mais aceita pela comunidade Cristã. A palavra grega para peixe é ICHTHUS e as suas cinco letras formam o acrônimo grego com a frase: Iesus Christus Theou Yicus Soter, que quer dizer: Jesus Cristo, filho de Deus Salvador. O desenho de um peixe tornou-se símbolo dos primeiros cristãos que, em tempos de perseguição, o usavam como sinal secreto da fé. Onde, para um cristão identificar se uma outra pessoa era irmão na fé, desenhava um arco na areia. Se a outra pessoa era cristã, desenhava o arco ao contrário, formando assim, o desenho de um peixe. Com o passar dos anos a figura do peixe associou-se então ao Cristianismo. Devemos saber que esse símbolo é apenas uma forma de identificação dos cristãos, pois não devemos adorar imagens, pois o único, digno de adoração é o SENHOR.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Fim do Mundo


Fim do Mundo



Com a interpretação do calendário Maia, mais um motivo para atormentar algumas pessoas nos vários cantos do mundo: a chegada do dia 21 de dezembro de 2012, data para catástrofe que culminará no fim do mundo.
O calendário dos Maias, prevê que o fim do mundo ira acontecer no ano de 2012. De fato, é realmente preocupante e até assustador essa tal precisão do calendário dessa civilização que deu uma grande importância a esse calendário.

Os Maias viveram entre o 6º e 9º século depois de Cristo na América Central. Eles eram obcecados pela passagem do tempo e o calendário deles era muito mais avançado que o nosso atualmente. Através dos cálculos de períodos e ciclos lunares, solares e planetários que os Maias utilizavam, era possível saber com precisão e identificar os eclipses solares milhões de anos antes deles acontecerem. Muito além das previsões dos eclipses solares, o calendário dos Maias era também profético. Aproximadamente no 8º século depois de Cristo, o calendário dos Maias previu e revelou que "Deuses barbudos de pele branca", iriam atravessar o oceano e desembarcar no território deles exatamente no dia 5 de março de 1519. Ou seja, é precisamente nessa época, que  Hernan Cortez e seus conquistadores deixaram o antigo continente e vieram em busca do novo mundo (América). Será que isso é uma simples coincidência ou será que isso é uma prova da precisão do calendário profético dos Maias?

A data do fim do mundo prevista pelos Maias, é chamada de Hunab Ku. Segundo os Maias, no dia 21 de dezembro de 2012, o sol vai nascer e se erguer entre uma brecha obscura no centro da via láctea. Os Maias chamavam essa brecha obscura, de mar cósmico ou de buraco negro. O mais impressionante nisso tudo, é que somente em novembro de 2004, foi descoberto a presença do primeiro buraco negro em nossa galáxia por uma equipe de astrônomos. 

Os Astrônomos Modernos, confirmam a versão apocalíptica e astronômica dos Maias para 21 de dezembro de 2012. O planeta Terra estará perfeitamente bem alinhado com Sol, no centro da galáxia e a Via Láctea.

Esse fenômeno galático acontece unicamente uma vez a cada 25.800 anos (aproximadamente). Até agora ninguém soube explicar porque é necessário esse alinhamento entre a Terra, o Sol e a Via Láctea. As únicas pessoas que sabiam o que vai acontecer, eram os Maias e segundos eles, as consequências desse alinhamento, serão absolutamente desastrosas.

A teoria dos fisicos modernos em relação às previsoes astronômicas feitas através do calendário dos Maias, afirmam que a Terra passará por um fenômeno chamado de "deslocamento dos polos". Esse fenômeno ira mudar completamente a posição dos polos terrestres num curto espaço de tempo, dias ou talvez algumas horas.  Provável que esse fenômeno possa causar um desastre a nível planetario, todos os continentes seriam sacudidos por fortes terremotos e violentos TSUNAMIS inundariam todas as cidades costeiras. Nesse caso, seria a última catástrofe jamais registrada antes em toda nossa história. Mesmo se essa teoria pareça pura ficçã, ela realmente possui um fundamento cientifico comprovado. Até mesmo o fisico Albert Eisten evocou esse fenômeno no inicio dos anos 50.

Para nosso alívio, foi realizado um recente estudo realizado na Universidade Princeton nos U.S.A,  afirmando que os polos já se deslocaram. Ha 800 milhões de anos, o polo norte se encontrava exatamente no meio do Oceano Pacifico e o Alaska se situava em cima do Equador. Com o passar dos anos, o fenômeno de deslocamento dos polos foi se produzindo lentamente e modificando naturalmente o clima do planeta. O nível do mar numa escala normal. Caso contrário, num rápido deslocamento dos polos, haveria uma extinção massiva de todas as formas e espécies de vida presentes na Terra.

Pelo menos, hoje já é amanhã em Tóquio e oriente extremo. Pela web podemos comprovar que nada aconteceu. São 23:46 h ou quase meio-dia no Japão.
Porém fico a pensar como São Pedro iria trabalhar no the day after, com uma multidão de bilhões de pessoas querendo entrar pela pequena porta do céu. Talvez ele teria que sugerir a alguns pernoitar no inferno ou aguardar mais um pouco em pé nessa fila indiana ou mundana como melhor dito.
Alguns candidatos perdedores da última eleição teriam seu desejo realizado e diriam:  “meu opositor venceu, mas não assumirá!”
Enquanto isto, alguns já vendem souvenirs em Alto Paraíso-GO, alojam pessoas em hotéis preparados para esta cataclisma ou mesmo estocam alimentos.

O fim do mundo na realidade acontece todo dia quando uma criança morre de fome, quando um homem assassina uma pessoa por fútil motivo ou um ladrão mata para roubar; todos os dias temos estes acontecimentos extremos e urge que nossos legisladores reformem o código penal no Brasil para coibir ou pelo menos para minimizar a violência presente a nosso redor.
Que Deus nos proteja do fim do mundo a que assistimos diariamente em forma de violência, falta de amor ao próximo, egoísmo e perversidade.

Luiz Lopes Filho
Fortaleza-CE, faltando 03 minutos para 21/12/2012



quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Seu Firmino


Seu Firmino

Ontem fui com papai e mamãe ao centro, pois já estava com saudades após tão somente quinze dias que passei no exterior. Não posso ficar mais que 10 dias sem cortar o cabelo. Por isso mantenho meu costume de ir ao centro, visitar o Salão Presidente e depois  comer um pastel de carne com caldo-de-cana no Leão do Sul. 

Também gosto de levar meu pai, para melhorar seu bom humor quando está aqui em Fortaleza. Na volta do centro, fiquei muito triste quando minha mãe me noticiou sobre a partida do Seu Firmino, não de trem como tantas e tantas vezes o fez, viajando entre Reriutaba e Fortaleza, mas para uma viagem mais longa: para a eternidade. Seu Firmino foi embora para o Céu!

 Nunca soube seu nome completo e nunca procurei saber, talvez porque o simples chamado “Seu Firmino” já se convertia em sinônimo de honestidade, dignidade, amizade, humildade e perseverança. Seu Firmino era um homem trabalhador e, acima de tudo um grande prestador de favores à comunidade reriutabense. Sua família era somente Dona Cecília e sua filha, Cristina quando moravam em Fortaleza. Após anos e anos trabalhando nas feiras de Reriutaba e Araras, passou a morar em Reriutaba na antiga casa do Seu Filemon ali na Rua 25 de Setembro, porém continuou a viajar para Fortaleza em busca de seus produtos na Ceasa em Maracanaú. Por falar nisso, sempre costumava citar o trocadilho com os meninos de nossa rua, pedindo para pronunciarmos bem ligeiro: "Macaraú-Maracanáu-Macaraú". 

              Gostava quando lhe perguntávamos se havia chovido em Fortaleza porque já de pronto tinha sua resposta, movimentando o dedo polegar subitamente para trás: - O Senhor que saber se choveu em Fortaleza? Onde? no Centro, na Aldeota, no Álvaro Weyne ou no Montese? Depende......Fortaleza é muito grande...! E passava a sorrir com áurea de bom conhecedor da capital.

Nas décadas de 70 e 80 não havia meio mais eficiente e rápido de enviar encomendas e cartas para Fortaleza senão pelas mãos do Seu Firmino. As famílias que tinham filhos estudando na capital pediam-lhe para que levasse cartas, quilos de carne de gado (geralmente chã-de-dentro), camarão-sossego pescado no Açude do Araras, queijo, batidas, alfinins e nosso bacalhau chamado Jirigóia, um peixe seco ao sol que era muito barato para seu bom sabor.

Para receber as encomendas na 2ª feira pela manhã, íamos até a lanchonete do Seu Chico Gomes, situada na Praça da Estação, quase esquina com Rua Castro e Silva. Seu Chico Gomes também era de Reriutaba e morava com a família naquela área até meio imprópria para uma residência familiar, pois ali se amontoavam por toda a Castro e Silva inferninhos e prostitutas que vagavam pelas ruas sujas e perigosas.

Quando criança tinha medo de ir pegar estas encomendas, pois havia bêbados, mulheres maltrapilhas e tudo mais da mundana vida de centro de capital. Nas entradas dos bares, piscavam ainda caixas de som coloridas que se esqueciam da presença da 2ª feira e que continuavam entoando suas melodias de cabarés.

Quando chegava na lanchonente do Seu Chico Gomes situada na Praça da Estação, próximo à Rua Castro e Silva, logo pegava meu pacote com queijo, carne e outros itens e; corria para o ponto de ônibus em rumo de casa, pois já era 1 hora e sequer tinha almoçado. Acho que a pressa não era pela fome do almoço, mas pela ânsia de ler a carta que minha mãe enviava dentro do pacote trazido pelo Seu Firmino. 

Abaixo exponho uma carta guardada que minha mãe me enviou pelo Seu Firmino datada de 1984. Telefone era muito caro e ainda tinha que se aguardar o pessoal da Teleceará para transferir a ligação para cada residência; quando muitas vezes não se lograva êxito:



Feirante humilde que adotou minha Reriutaba como sua cidade, vinha toda semana de trem. Levando fardos de batata inglesa, beterraba, cenoura e alho; embarcava na Estação João Felipe em Fortaleza com seus produtos para vender nas feiras de Reriutaba e de Araras, antigamente distrito de Reriutaba e atualmente Varjota. 

Chegava pela madrugada e deixava muitas mercadorias na Estação aos cuidados do saudoso Seu Saldanha de quem também era muito amigo. Cedinho ele estava a escolher os melhores produtos dos sacos, jogando fora os legumes estragados. Sua banca era a mais procurada, pois era o único que dispunha de batata inglesa, cenoura, beterraba, além de abacaxi, maçã e uvas. Naquela época era difícil encontrar-se bons produtos no interior. Maçã, abacaxi e uva eram itens de luxo na minha infância.

Aos sábados, após a feira se acabar por volta do meio-dia, subia a Rua 25 de Setembro, onde estava situado o depósito do Seu Firmino, antigo ponto comercial do Seu Coquim, pai do Zé Audir, saudoso amigo taxista e poeta.

Apesar de todos os sábados Seu Firmino ir almoçar lá em casa e isto já era costume, tínhamos que convidá-lo pessoalmente e esta era minha tarefa após a feira de sábado, quando o papai dizia: - Luiz Filho, vá chamar Seu Firmino. Rapidamente subia a linha do trem e cruzava a rua para chamá-lo para almoçar. Tinha uma recompensa para mim: bombons azedinha, pirulito Zorro ou pastilhas de hortelã da marca Valda.

Era o melhor almoço da semana. Na mesa com meus pais, minhas duas irmãs (na época era somente 3/5 da prole atual) e Seu Firmino. Era também bom porque no almoço havia verduras frescas, saladas de frutas e abacaxi em rodelas. Tudo da banca do Seu Firmino.

Esta narrativa contém um pouco das lembranças deixadas pelos velhos tempos de infância e que foram os capítulos iniciais no conhecer de uma pessoa tão prestativa e honesta que foi Seu Firmino. 

Esta é minha sincera homenagem ao Seu Firmino em forma de gratidão e respeito!


Fortaleza-CE, 12/12/12
Luiz Lopes Filho