quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Feliz Ano Novo

Feliz Ano Novo

Mais um ano se vai e com ele muita coisa resolvida, algumas pendentes, outras postergadas soluções para 2012.
O mais importante é que saibamos o teor do efeito espelho. Se sorrimos, encontramos sorrisos em nossa frente, se franzimos a testa, também veremos o reflexo desta imagem, se agimos com raiva, lá vem ela de volta também.
Temos que lapidar nossas ações para com o próximo, sendo mais compreensivos e condescendentes, mais pacientes no trânsito, mais cordiais com nossos pais, mais fraternos com nossos irmãos, seja por laços familiares, seja por laços de Deus.
Assim também o ano vindouro ser-nos-á bem melhor. Roguemos a Ele para que sejamos abençoados em nossos lares com saúde e paz. O resto dependerá de nosso comportamento perante o espelho do dia-a-dia.
Feliz Ano Novo! Muita saúde e paz em 2012!
Porto das Dunas, 28 de dezembro de 2012.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Quintino Cunha - O Pai do Canelau...

Hoje, ao ler sobre Quintino Cunha, lembrei-me do Mestre Piru (Toinho do Seu Filemon), bem como do Curicaca e do Benedito Vale. Vou inteirar-me melhor destes mestres reriutabenses para homenageá-los com suas frases, repentes, marchinhas e feitos engraçados. Enquanto isto, vamos lembrar-nos de Quintinho Cunha:

Quintino Cunha - O Pai do Canelau...
José Quintino da Cunha, nasceu em Itapajé-CE  em 24 de julho de 1875 e faleceu em Fortaleza-CE em 1º de junho de 1943. Foi escritor, poeta cearense e advogado. Bacharelou-se pela Faculdade de Direito do Ceará em 1909, e a partir de então começou a exercer a profissão de advogado criminalista. Foi deputado estadual na década de 1910, mas logo desistiu da carreira de político e encabeçou a campanha do Bode Ioiô para Vereador de Fortaleza, fazendo o
animal tirar votos suficientes para ser eleito, caso possível fosse.
Ficou bastante conhecido por seu estilo irreverente e carismático, também
lembrado pelas anedotas que contava. É tido como o mais lendário de nossos
humoristas literários, o maior de nossos poetas cultos. Excêntrico sem ser
esnobe. Feio, mas cativante. Eternamente esquecido, sempre resgatado, figura
ao lado dos grandes mestres do improviso literário ferino, como Bernard
Shaw, Quevedo e Swift, sendo considerado pelo crítico Agripino Grieco "O
maior humorista brasileiro de todos os tempos".
Menino ainda, Quintino Cunha foi convidado a passar uns dias das suas férias
na casa de dois coleguinhas de colégio. Convite aceito, viajou até a casa
combinada onde deveria hospedar-se por alguns dias, com os convidantes
anfitriões. Lá chegando, não encontrou os colegas que haviam viajado para
outro destino, sem deixar recado. As tias idosas dos meninos, donas da casa,
convidaram-no a ficar e aguardar a chegada dos seus sobrinhos. Quintino não
se fez de rogado e ficou, aceitando o convite!
À noite não lhe ofereceram jantar e nem café ou almoço no dia seguinte. Ele
matou a fome com as fruteiras do quintal. Resolveu ir embora dali e o fez,
deixando um bilhete sobre a mesa:
"Adeus casinha da fome.
Nunca mais me verás tu.
Criei ferrugem nos dentes
E teia de aranha no cu."
Já célebre advogado, a fama de Quintino Cunha era grande no Nordeste.
Tinha havido um crime no interior da Paraíba, onde pai e filho assassinaram
um adversário político. Para defendê-los, convidaram o célebre causídico.
Este fez a defesa com muita propriedade conseguindo a absolvição dos réus.
A cidade fez festa de comemoração pela semana, hospedando Dr. Quintino no
melhor hotel. Sua fama correu rápida por todo o município e o feito atingiu
proporções.
Eis que surge no hotel um humilde casal dos sítios afastados. O marido
dirigiu-se ao advogado expondo-lhe o desejo de um desquite, em face dos
desentendimentos do casal. Dr Quintino então pergunta-lhe se este possui
algum bem, alguma propriedade.
- Não doutor, eu nada "pissuo" e trabalho alugado, em sítios alheios.
Vira-se para a esposa e faz-lhe idêntica pergunta, vindo a resposta.
- Doutor, pra que a verdade lhe seja dita eu ainda tenho menos que ele.
Dr. Quintino respondeu-lhes em versos:
"A questão é muito tola!
Aqui mesmo, eu os desquito.
Fique ele com sua rola
E ela com o seu priquito."

Conhecido e até hoje contado pelos frequentadores da Praça do Ferreira, o
causo da defesa do deficiente físico conhecido apenas como Francisco,
apelidado de "Chico Mêi Cu", foi uma das mais famosas proezas de Quintino
Cunha.

Conta-se que nos idos anos 20, um pobre deficiente físico, sem pai nem mãe,
sem eira nem beira, mancava pelas ruas do Centro da pequena Fortaleza, onde
fazia os biscates que lhe davam o pouco para o sustento. Encabulado, quieto
e calado, aparentava não dar importância ao canelau que mangava à sua
passagem: "Chico Mêi Cu!", "Chico Mêi Cu!", "Chico Mêi Cu!". Foram anos de
chacotas.
Certa feita, num ato de cólera, Francisco fez uso de uma peça
perfil-cortante que transportava, e ceifou a vida de um de seus mais
ferrenhos mangadores. Foi detido e de imediato levado à cadeia pública, onde
ficou por um tempo aguardando julgamento.
No dia do juízo, atendendo às súplicas dos que rogavam pela libertação de
Francisco, em defesa deste, fez-se presente diante do Júri o renomado
advogado Quintino Cunha. Após as interlocuções vigorosas da promotoria, que
pedia condenação com pena máxima para o réu, o Juiz deu a vez da defesa, à
qual Quintino deu início:
- Meritíssimo Juiz, Ilustríssimo Doutor Promotor, Respeitabilíssimos
Jurados. Em defesa de Francisco eu tenho a dizer que...
(Pausa).
Após alguns segundos de pausa, ele repete:
- Meritíssimo Juiz, Ilustríssimo Doutor Promotor, Respeitabilíssimos
Jurados. Em defesa de Francisco eu tenho a declarar que... (Nova pausa).
Após os novos segundos de pausa, ele torna:
- Meritíssimo Juiz, Ilustríssimo Doutor Promotor, Respeitabilíssimos
Jurados. Em defesa de Francisco eu poderia falar que...
De imediato o Juiz esbraveja:
- MAS QUANTA DEMORA! O SENHOR IRÁ OU NÃO DAR INÍCIO À DEFESA?
Ao que Quintino replica:
- Repare só, Meritíssimo: Não faz sequer um minuto que eu só me dirijo a vós
de forma respeitosa, e já provoquei vossa inquietação. Agora imagine Vossa
Excelência, o que deve ter passado pelas idéias do pobre Francisco, após
todos esses anos de achincalhamento e mangoça pública
.
Seguindo, Quintino Cunha deu continuidade ao discurso de defesa. E com toda
a eloquência e poder de  convencimento que lhes eram peculiares, conseguiu a
absorvição do réu. Saiu do tribunal carregado nos braços por seus amigos,
rumo ao botequim mais próximo.
Hoje, a maioria dos cearenses não sabe que foi Quintino Cunha. Nem mesmo os moradores do bairro que leva o seu nome o conhecem. Por isso é importante a divulgação destes fatos, para que a memória do precursor da molecagem cearense não caia no esquecimento.

Viva a irreverência cearense! Viva Quintino Cunha!
Luiz Lopes Filho
Fortaleza-CE, 21 de dezembro de 2011

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Linha do Tempo


Linha do Tempo

Quando buscamos reunir os principais fatos e personagens da história da humanidade desde a invenção da escrita (aproximadamente 3.400 a.C) até os dias de hoje, riscamos uma linha horizontal dividida por séculos. Para pesquisar um período histórico, basta escolher a época desejada na barra horizontal-dividida por séculos. Ao rolar a linha do tempo para baixo, os anos correm para o futuro. Rolando para cima, a linha retrocede no tempo.

Escolhi então algumas fotos de Reriutaba, desde quando ainda era vila até os tempos atuais. Ainda está incipiente, mas já é um primeiro passo para historiar nossa terra, nossos antepassados e os fatos ocorridos naquela cidade.

Eis um segmento fragmentado desta reta do tempo que poderemos encompridar com a contribuição de nossos conterrâneos tanto fotograficamente quanto textualmente:

Ano: 1931 – Igreja Católica


  
Ano: 1945: Casa Paroquial e Praça da Matriz



Ano: 1950: Estação Ferroviária




1961 – Mercado Público e Igreja



Ano: 1964 – Rua 25 de Setembro







Ano: 1966 – Pça do Mercado

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Histórias de Reriutaba pelo Mundo


Estava observando as estatísticas do blog e observei as visualizações das páginas por país. Surpreendi-me pelos acessos diários da Rússia. Um país que renasceu da antiga CCCP (URSS) e hoje se mostra ao mundo por sua beleza ímpar. Tive a oportunidade de visitá-lo agora em setembro e vi o quão a arquitetura é preservada e sua história é vivenciada.


  
Pelas ruas de St Petersburg, antiga Leningrado, observa-se que as russas desfilam na Nevsky Prospect (Не́вский проспе́кт) com muita elegância e simpatia. Com quatro quilômetros de extensão, a Nevsky mostra uma série de contrastes. Você pode encontrar tecnologia e moda do mundo moderno encaixotadas em históricos e belos edifícios. Há excelentes restaurantes como o Palkin que condensa em seu menu o chame, a atmosfera, a diversidade de pratos, o impecável serviço e um preço convidativo numa experiência que ninguém pode deixar de desfrutar ao se visitar a Veneza do Báltico.





Pois é, dos demais países, lembro-me ter várias pessoas conhecidas sejam amigos ou conterrâneos morando no exterior, mas na Rússia nunca soube. Obrigado aos acessos vindos do exterior. Aguardo críticas para melhoria de nossas páginas.

Visualizações de página por país

Brazil
2.220
Russia
69
United States
45
Germany
33
Italy
11
Norway
4
Canada
1
United Kingdom
1
Japan
1
Latvia
1


terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Puas de Ouro



Puas de Ouro



Por volta dos anos 80 iniciava-se um novo ciclo em nossas vidas. De meninos de bicicletas, baladeiras e bola, passamos a saber o nome das meninas mais bonitas da praça e a frequentar um barzinho. Um dos primeiros foi o do Tiúba.  Ficava na Rua 25 de Setembro numa antiga casa de sobrado do seu Zezé, esposo da dona Lessinha. Com o dinheiro contado, experimentávamos uma dose de cachaça serrana com tira-gosto de metade de um limão. O Fernando Aguiar e o Marcelo foram os primeiros a provar a pinga e a se sentirem homens, franzindo a testa e estalando os dedos da mão direita no virar da primeira dose. O bar ficava no pavimento térreo de um sobrado em estilo colonial com janelas verdes de madeira mofada e paredes amarelas desbotadas pelo sol e pelas primeiras chuvas. Tinha quatro janelas no pavimento superior e, entre elas, três bocas de jacarés.  Era pelas bocas de jacarés que tomávamos banho de bicas em dias de chuvas pelas calçadas de minha cidade.
O carnaval chegava junto com as chuvas, era fevereiro e tínhamos 17, 18, 19 anos. Nossos pais, ainda novos, procuravam organizar as bandas e orquestras que iriam tocar no Reriutaba Clube. Ficávamos apreensivos se a banda municipal sob a liderança do seu Marçal iria dar conta da festa ou um novo conjunto vindo da capital aceitaria firmar o contrato com o clube da sociedade local com poucos sócios e pouco dinheiro.
Banda de música municipal


Tentávamos também contribuir para alegrar a cidade e, no afã e no orgulho da juventude, fundamos um bloco carnavalesco. Como se chamaria? Puas de Ouro!
Na época os componentes eram o Marcelo, mais integrado com músicas, emissoras de rádio, mais afoito com as garotas da sociedade; o Paulo, mais calado, porém mais danado com as meninas beiradeiras; o Zé Júnior também era ao estilo do Paulo; o Tarciano e o Paulo Filho, principiantes na turma; o James num estilo mais irreverente e o Zé Carlos Cabaceira mais introspecto, além de mim, o mais tímido, porém mais entusiasmado com o período momino. Em nosso bloco também se inscreveram crianças que nos seguiam os passos, como o Felipe e o Aguiarzinho.


Aguiar Neto, Paulo Filho, Zé Jr, Luiz Filho e Felipe Aguiar

Compramos tecido nas Lojas do Povo do seu Chaguinha e pedimos nossas mães para fazer uns macacões verdões. Depois fomos à tia Terezinha Memória que se prestou de seus dons de pintura e silk-screen para tornar nossos trajes mais vivos com o nome de nosso bloco. O resto era conosco; saíamos pelas rádios do Ipu e de Sobral, divulgando o carnaval de Reriutaba, o que gerava certo ciúme ao bloco doutros amigos, o chamado Bigode Preto, com maior número de componentes.



O símbolo de nosso bloco era uma raiz retorcida que mais se parecia com uma pua de madeira. Pintamos a pua e a enfeitamos com purpurina e areia prateada. Provavelmente nos tenham muito chamados de tolos, mas o que nos importava era nossa folia e diversão. Sempre saíamos em grupo, seja para a cidade vizinha do Araras, para as vesperais da AABB do Ipu, para a Cachoeira do Boi Morto, para a Cachoeira do Juré e também para os bares da cidade.


Felipe Aguiar, Mardônio, Tarciano, Zé Carlos, Paulo Filho, Luiz Filho, Zé Jr e Marcelo
A pua, ícone de nosso bloco, ainda se encontra guardada num depósito lá na minha casa de Reriutaba. Estive lá recentemente e a vi, desolada, deitada como se estivesse de ressaca dos carnavais passados.
 
Os bares que mais frequentávamos naquela época era o bar do Bá, situado ali quase defronte à saudosa Providência, que antigamente era uma instituição de ensino renomada e que quase todos ali estudamos. Pouco sobrou da Casa da Providência...!
Voltemos ao Bar do Bá: atendimento excepcional e um cardápio ímpar com camarões, filet trinchado com torradas, feijão verde com queijo e uma cerveja super gelada. O Edmar havia chegado do Rio de Janeiro recentemente e introduziu muitos petiscos dos cardápios cariocas. E gritava com meio sotaque carioca para a cozinha do bar: - Dessce aí um filet trincchado!
Mas o bar que mais provocávamos bagunça era no bar do João Abraão. Também recém-chegado do Rio de Janeiro, trouxe um pouco de sotaque e um bom cardápio ao seu bar que na realidade era um pequeno mercantil, que de sexta a domingo transformava-se em nosso ponto de encontro. Num desses carnavais, creio que no de 1990, estávamos todos no bar quando alguém saíu dos fundos do bar numa bicicleta pulando dos degraus e voando por cima das mesas como naquela cena do filme E.T. Foram-se garrafas de cerveja pelos lados e gargalhadas por todas as mesas. Ninguém se machucou, mas iniciou-se uma guerra de ovos que o João Abraão não se incomodava. Apenas contabilizava num caderno de espiral Tilibra, tirando sempre a caneta Bic da orelha direita, dizendo: - Dezoito ovoss.....Crasssh (mais um tiro de ovo).....Dezenove ovosss.....! Outro amigo gritava: - João Abraão fecha a conta! – Ok, garoto!....3 segundos depois:...um ovo atingiu o peito do João Abraão e ele logo fechou a conta, dizendo: Agora são trinta ovossss. Muito paciente, sempre aturou a bagunça em seu bar, talvez porque nunca saía no prejuízo......pelo menos de ovosss quebrados!
Terminávamos a bebedeira no bar do Luís Fulô e por ali nos reunimos até poucos anos atrás, quando um de nossos amigos dos Puas de Ouro teve seu nome solenemente anunciado pelo Chico da Dó no palco de uma festa no pé-da-serra.  


Bar do Luís Fulô

O Luís Fulô que ía passando por trás do microfone, saudou o nome do amigo com um estrondoso barulho na boca do microfone como numa irreverência ao solene anúncio do Chico da Dó! Foi intriga de não mais frequentar o bar do Luís. Nós continuamos frequentando o barzinho, contrariando nosso amigo Marcelo, que hoje já não leva em conta a brincadeira do Luís Fulô,  apenas ri daqueles fatos.
Luiz Lopes Filho
Fortaleza-CE, 08/12/2011.


quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Made in Reriutaba



Made in Reriutaba

Quando vejo aproximarem-se os tempos de eleição, antecipo-me sobre os fatos que se repetirão no dia-a-dia de uma cidade pobre do sertão nordestino. Compra de votos, promessas, intrigas, pseudo-amizades, calúnia... e tudo mais que se puder utilizar de ferramentas para se galgar os poderes executivo e legislativo municipais.

Não me refiro unicamente à minha cidade, mas a quase todas as cidades brasileiras e, em especial, àquelas que dependem praticamente de tudo do poder público, principalmente de empregos.

Todos querem participar da folha de pagamentos do município. A prefeitura já fragilizada por poucas verbas, vê-se no amor materno de ceder uma vaga de emprego a um munícipe, em detrimento das melhorias comuns, seja na infraestrutura, seja na saúde, seja na educação.

Para isto, tem-se uma solução: a sustentabilidade econômica do município por sua vocação agropecuária ou industrial. Tem que se oferecer incentivos fiscais para que a iniciativa privada e as instituições de fomento instalem indústrias nestas cidades. Assim, o governo municipal irá administrar sua cidade sem o peso da folha de pagamentos e com uma população menos pobre, com maior geração de empregos e renda.

Antigamente víamos caminhões a caminho de Sobral, transportando cera-de-carnaúba, castanhas-de-caju, oiticica, algodão e chapéus de palha. Hoje, estes caminhões fazem o percurso inverso: trazem até ovos de granja para as pequenas cidades. Quase nada se produz, quase tudo que se consome vem dos grandes centros.

Um amigo meu aqui em Fortaleza, mostrou-me um velho rótulo de um produto “Made in Reriutaba”, dizendo-me: - Rapaz, não sabia que Reriutaba possuía indústrias...olha aí um produto genuinamente reriutabense!!! Comecei a rir!....


Um dia espero que isto aconteça: indústrias de calçados, beneficiamento de frutas e o que se puder instalar em prol do desenvolvimento de nossa cidade.

Luiz Lopes Filho,
Fortaleza-CE, 06/12/2011

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Quando menos se espera, já é dezembro novamente!


Sempre quando leio algum poema de Mário Quintana, meus pensamentos permeiam imagens de uma calçada, de uma janela simples, de uma tarde que se vai.

E posso, de certa forma, parafrasear o famoso poeta de Alegrete-RS no poema Esconderijo do Tempo:

“Quando menos se espera já é meio-dia, já é dezembro e então chegou janeiro novamente e lá se foi grande parte de nossas vidas; vivamos hoje!”

A imagem do autor nos remonta às conversas de calçadas de nosso interior, onde outrora a imagem das telenovelas era bem menos atrativa do que o bate-papo com os vizinhos. Nesta foto de Mário Quintana, podemos extrair um pouco destes pensamentos.



SEISCENTOS E SESSENTA E SEIS
A vida é uns deveres que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são 6 horas: há tempo...
Quando se vê, já é 6ªfeira...
Quando se vê, passaram 60 anos...
Agora, é tarde demais para ser reprovado...
E se me dessem - um dia - uma outra oportunidade,
eu nem olhava o relógio.
seguia sempre, sempre em frente ...
E iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas.
( Mario Quintana ) ( In: Esconderijo do tempo)

E a imagem de uma reunião com amigos numa tarde de sábado no boteco da rua Professor Anacleto, também substitui o teor do poema “Esconderijo do Tempo”. Nesta foto recente, mas que já debuta com seus quinze anos, já podemos ver o quão já envelhecemos e já não podemos mais conviver com o saudoso tio Fernando Taumaturgo. Homem polêmico, às vezes de posições pouco amistosas, mas que fez parte de nosso convívio de forma saudável e alegre.
Eis então o time da esquerda para a direita;
Fernando Taumaturgo, Massilon Freitas, Osvaldo, Valmik, Luiz Lopes, Atendente, Joaquim Taumaturgo, Valmik Filho, Boto Cruz e nosso amigo Dibiriu.